30/08/17 Jejum de Rute: 2° dia
JEJUM DE RUTE
Quarta-feira, 30
de Agosto de 2017.
Rute 1: 14-17 14 Então, de novo, choraram
em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou
a ela. 15 Disse Noemi: Eis que tua cunhada
voltou ao seu povo e aos seus deuses; também tu, volta após a tua cunhada. 16 Disse, porém, Rute: Não me
instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que
fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu
povo, o teu Deus é o meu Deus. 17 Onde
quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem
lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
Creio que todos já conheçamos a história de
Rute que, nora de uma mulher israelita chamada Noemi, vive junto com ela uma
dificílima fatalidade, morrem em pouco tempo seu marido, seu cunhado e seu
sogro (marido de Noemi e seus dois filhos) permanecendo vivas ela, sua sogra
(Noemi) e sua co cunhada (Orfa). Rute então manifesta o que estava em seu
interior apegando-se a Noemi e permanecendo ao seu lado;
Orfa também tinha fidelidade, mas era
fidelidade humana, que diante da situação que viviam e que parecia que ainda
viveriam, fez com que ela fosse infiel espiritualmente abandonando a sua sogra
e voltando para seu lugar de conforto.
A expressão de Rute no vs 16 não é apenas uma
expressão bonita ou poética, nem tampouco apenas uma contraposição à Orfa, era
sim a expressão exata daquilo que havia em seu interior como convicção.
Normalmente dizemos que Rute foi fiel a Noemi, que foi fiel a Deus... antes de
qualquer coisa Rute foi fiel ao que ela era – aquilo não era e nem poderia ser
apenas uma atitude exterior ou uma boa intenção, assim, Rute estava expressando
apenas o que era.
Rute é uma expressão da graça de Deus no
Antigo Testamento. O nome Rute significa “amiga”, assim como é Jesus para
conosco – João 15: 15 – um amigo naturalmente não nos abandona, tem prazer em
estar. Um amigo não faz isso pra ser fiel, faz porque é amigo e, porque faz é
fiel.
A FIDELIDADE ESPIRITUAL:
EM 1º LUGAR: É UMA MARCA DE DEUS EM NÓS; Jesus foi até o
fim por nós que não tínhamos nada a acrescentar a Ele.
Podemos aprender através de referenciais – em
casa, na igreja... – características e comportamentos de uma pessoa fiel e
reproduzir isso. isso é uma coisa, mas a fidelidade como essência é fruto de
uma transformação interior, isso por que ela não é inata no homem, só pode vir
como fruto do novo nascimento e do trabalhar do Espírito Santo em nosso caráter
Gl 5: 22
EM 2º LUGAR: INDEPENDE DO CONTEXTO
HUMANO; Jesus diante de toda opressão e até traição do povo foi fiel até o fim.
Ser é uma marca de Deus em nós. Ser é fruto
do Espírito, então é graça e não temos do que nos orgulharmos, apenas sermos. E
esse “sermos” é em toda e qualquer situação. Existem mentiras ideológicas como,
por exemplo, “a ocasião faz o ladrão”.... Vamos pensar em Rute: O vs 1 a
Palavra nos diz que tudo isso aconteceu na época dos juízes. A frase que define esse período é “cada um
fazia o que bem lhe parecia”, ou seja, era a babel do caráter, todos os valores
eram relativizados, mas aí é que está a diferença: Quem está, muda, quem é
permanece sendo e, pra ser não tem outro jeito, é preciso deixar o Espírito
Santo trabalhar o nosso interior – vem de Deus!
EM 3º LUGAR: É UM MODO DE VIVER DE QUEM
TEM FÉ; Jesus foi fiel bebendo o cálice que estava reservado para nós.
O significado exato da palavra fidelidade não
está ligado a nenhum valor moral, apenas significa que não muda. Fiel é o que não muda! Mas como é possível?
Voltando a Gl 5: 22, o fruto do Espírito fidelidade, também se traduz por fé, ou seja, fidelidade é fé. Fé não no
sentido salvífico, de crer em Cristo, mas a fé como modo de viver: O justo viverá pela fé (Rm 1: 17/ Gl 3: 11/
Hb 10: 38). Não é ter fé, é viver através da fé que eu tenho. Viver pela fé
muda tudo! Significa que em tudo eu me pauto por valores eternos e não mais
transitórios. Isso muda tudo: meus valores, meus pensamentos, minhas atitudes e
meus resultados.
COM FIDELIDADE COMO A DE RUTE:
1)
EU ME ALINHO AOS PLANOS DE DEUS E DESFRUTO DE SUAS
PROMESSAS;
Ora, os planos de Deus sempre são no sentido
de nos abençoar, restituir, retribuir, mudar a sorte (Jr 29:11 / Rm 12: 2). A fidelidade não nos faz merecer a
benevolência de Deus, apenas nos alinha com aquilo que Ele já estabeleceu que
vivêssemos. Rute, por sua fidelidade, se colocou na rota, Orfa, afastou-se da
rota.
2)
EU PASSO A REINAR COM CRISTO NA TERRA;
II Tm
2.12 Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos
negará;
Todo que é fiel paga um preço por ser, mas
não se iluda, o infiel também paga um preço por der infiel. Todos pagam um
preço (2Tm 3: 12-13). A diferença é
que um preço resulta em vida o outro em morte. Jesus pagou um preço sendo fiel
ate a morte de cruz (Fp 2: 5-11), e chegou à ressurreição. Rute pagou um preço
posicionando-se ao lado de Noemi naquela hora, e colheu o que estava preparado
por Deus.
3)
SOU HABILITADO A VIVER O INIMAGINÁVEL
Mateus 25: 23 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom
e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor.
A fidelidade é praticada por nós de modo
natural como fruto do Espírito Santo, entretanto, sem que seja intencional, ela
produz um resultado recompensatório maravilhoso porque ela é agradável a Deus.
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